PORQUE ADOECEMOS

Em janeiro de 1998, a Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu saúde como:
“saúde é um estado dinâmico de completo bem-estar físico, mental, espiritual e social, e não meramente a ausência de doença ou enfermidade”
O conceito de saúde foi posto numa dimensão mais ampla, dando prioridade a uma alimentação saudável, atividade física, evitar o uso de medicamentos químicos sem a devida orientação, respeitar a sua bioindividualidade, controlar o stress, ter boa higiene do sono, boas relações sociais e profissionais.
Porque adoecemos
A maioria as doenças e sintomas que experimentamos são causadas por uma ou mais dos seguintes 8 desequilíbrios internos principais, aos quais se prestam especial atenção numa abordagem de Medicina Integrada Funcional:
1 – Disfunção intestinal – Sabemos hoje que grande parte do nosso sistema imunitário se encontra e inicia no intestino. Um trato gastrointestinal comprometido irá sem duvida comprometer a saúde e qualidade de vida. As questões mais comuns a serem despistadas são: intolerância alimentares, SIBO (super crescimento bacteriano intestinal), infecções (por exemplo, parasitas, bactérias patogênicas, vírus), baixa acidez estomacal e atividade biliar e falha na produção de enzimas digestivas.
2 – Desequilíbrio de nutrientes – Inclui deficiências de nutrientes como vitamina B12, ferro, folato, magnésio, zinco, EPA / DHA e vitaminas lipossolúveis (mais comuns), e excesso de nutrientes como o ferro (stress oxidativo, menos comum). Os nutrientes são a matéria prima que o nosso organismo vai usar para manter todos os processos biológicos otimizados e garantir o bom funcionamentos dos orgãos e funções. Um desequilíbrio de nutrientes (que pode ser provocado pela disfunção intestinal) tem sempre um papel de relevo nos processos de doença.
3 – Desequilíbrio do eixo HPA – O eixo HPA (hipotálamo-pituitária-adrenal) regula a comunicação entre o hipotálamo, glândula pituitária e supra-renais e o equilíbrio da produção de hormonas associadas com essas glândulas (por exemplo, DHEA, cortisol). Sabemos hoje o papel que o stress tem sobre o organismo e funções cerebrais, e como hormonas como cortisol podem inibir determinadas funções biológicas e ativar outras, com impacto sobre a saúde física e mental.
4 – Carga tóxica – Vivemos num mundo altamente tóxico do qual é impossível fugir. Inclui exposição a produtos químicos (por exemplo, BPA, fitatos, etc.), metais pesados (como o mercúrio, arsênico, chumbo), biotoxinas (por exemplo, o mofo/micotoxinas), ou capacidade de desintoxicação prejudicada devido a deficiência de nutrientes, problemas gastrointestinais ou outras causas. A toxicidade é, em muitas das vezes, de forma isolada ou em combinação com outros fatores, a causa de muitos problemas de saúde.
5 – As infeções crónicas – Por vezes possuímos infecções crónica assintomáticas. Aproveitam fragilidades do sistema imunitário, como disfunções intestinais, para desencadear um grande número de problemas de saúde. Inclui infecções por organismos transmitidas por carraças (por exemplo, Borrelia, Babesia, Bartonella, Erlichia), bactérias intracelulares (por exemplo Mycoplamsa, Chlamydophila), vírus (por exemplo, HHV-6, HPV), e bactérias dentárias.
6 – Desequilíbrio hormonal – O sistema endocrino é o “grande regulador” de todas as funções e sistemas. É um sistema que hoje em dia é sujeito a um grande número de disruptores endócrinos alterando a forma como é feita toda a comunicação e regulação interna do nosso organismo. Inclui hormonas associados ao metabolismo (por exemplo, insulina, leptina), tiróide e amígdalas (por exemplo, o estrogénio, progesterona, testosterona). É necessário entender a questão hormonal associada a qualquer fase de vida e idades, pois sofrem variações profundas, sendo por vezes a causa de muitos problemas de saúde.
7 – Desregulação imunitária – Uma desregulação imunitária espelha diretamente a base do nosso estado de saúde ou doença. Quer seja o desenvolvimento de autoimunidade, quer seja uma função imune cronicamente reprimida e inflamação sistémica.
8 – Disfunção celular – Metilação, produção de energia e função mitocondrial comprometida, e danos oxidativos.
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